O Brasil é um país rico que tem tudo para investir na sua gente, transformar a sua realidade, sua educação, saúde, habitação, segurança e ter uma economia forte. Não falta vontade e coragem, inteligência e força no povo brasileiro, o que falta neste país é governo com vontade de governar para o povo. O Brasil tem sido explorado e depenado ao longo dos anos por políticos inescrupulosos e interesseiros que ingressam na política visando fazer fortunas, e não, governar para quem os elegeu, com responsabilidade e a seriedade que todos esperam.
Não, o Brasil não é ruim! O povo brasileiro não é um povo inferior! Então por que não buscamos formas para melhorar a nossa crise sistêmica e nossas condições de vida, ao invés de nos colocarmos em uma posição inferior quanto a outras nações?!
Quem é portador da "síndrome de vira-lata" não sabe valorizar o que brasileiro, sempre despreza, ao passo que aceita e idolatra qualquer porcaria digna do monturo, basta ser americano ou europeu. Isso de fato tem que ser entendido como algum tipo de distúrbio.
Falta sentimento cívico a muitos brasileiros. Uns, por se decepcionarem com aqueles que tem o dever de representar os interesses do povo para a construção de um país melhor com justiça social, outros, pelo complexo de vira-lata, cuja única alternativa que encontraram foi a de criticar o Brasil, sem apontar soluções e sem mover uma palha para que essa realidade mude e que, no fundo, nem o conhece de verdade, mas inebriados por fantasiar uma vida semelhante ao que consideram a vida ideal baseado em algo que dizem de outros países, vislumbrados, começam a pichar a imagem da sua Pátria Mãe. Como é vergonhoso presenciar isso vindo de alguns brasileiros que se prestam a esse papel ridículo e antipatriota.
Criado pelo escritor Nelson Rodrigues, o termo “complexo de vira-lata” definiu a falta de autoestima dos brasileiros. Tudo teria começado com a derrota da seleção brasileira na Copa de 1950.
A expressão ganhou o mundo, perdura no tempo e, hoje, os brasileiros são vistos como seres menores em qualquer lugar do planeta. A manifestação do “complexo de vira-lata” é diariamente reforçada pelos próprios brasileiros, até mesmo em comentários de altas autoridades, através das expressões: “esse país”, “neste país”, as quais criam a ideia subjetiva de que o autor do comentário aqui está de passagem, não pertence ao país, conhece e vive em outro. Se alguém diz: "Este lugar não é bom", concluímos que este alguém conhece outros lugares, viveu ou vive em outros lugares, pois não é possível se fazer comparações sem possuir um parâmetro.
O complexo de inferioridade dos brasileiros, dimensionado por Nelson Rodrigues com a expressão “complexo de vira-lata”, sempre foi objeto de estudos e discussão desde os primórdios do século 19. Aqui e ali encontraram um culpado: a miscigenação, a falta de cultura, educação precária e o clima tropical levariam à preguiça, à busca intensa pelo prazer, sem nenhuma outra preocupação com o desenvolvimento.
Por que resolvi escrever sobre o “complexo de vira-lata”? Confesso que minha paciência chegou ao limite com o deslumbramento dos brasileiros com outros países, em ouvir diariamente “só mesmo nesse país”, “vou embora desse país”. Ir a uma palestra e ouvir do apresentador palavras, como “case”, “CEO”, “business”, “briefing”, “ coach”. Ao ler comentários de brasileiros em páginas de notícias dos nossos jornais, afirmando: “ainda bem que fui embora desse país”, explodindo em orgulho, mais escondendo o fato que lá faz trabalhos que os naturais se recusam, como limpar fossas.
Muitos estudiosos e intelectuais estudaram e pensaram em como resolver o maldito “complexo de vira-lata” dos brasileiros. Entretanto, apenas um chegou próximo. O historiador cearense Capistrano de Abreu, ao propor a substituição de todos os artigos da Constituição Federal por apenas um: “todo brasileiro é obrigado a ter vergonha na cara”.
Parece que para quem sofre da "síndrome de vira-lata", falar mal do Brasil e diminuir-se diante do supostamente "bom" alheio é ser chique, sem se aperceberem que quando diminuem o seu país diante de estrangeiros, são vistos como nada por eles. Tenho alguns amigos africanos e fico a observar a diferença entre quem ama a sua pátria e quem não ama. Nunca vi alguém tentar diminuir a África diante deles para não ser podado com brados de exaltação à sua pátria africana. Não podíamos aprender com esses bons exemplos? Mas aqui ainda existe um povo que ama e luta pelo que é seu.
Ontem conversando com um amigo percebi fortes punhaladas no Brasil, discretamente, até que ele foi mais incisivo e revelou seu verdadeiro lado "síndrome de vira-lata" enaltecendo povos estrangeiros em detrimento de nós, povo brasileiro. Não gostei. Ele, como todos os demais precisa sair da sua caverna particular (lembrei-me de Platão) e desse estado confuso de crise de identidade e se decidir, ou lutar pelo Brasil ou deixá-lo e ir viver na casa (país) alheio e lá enfrentar o repúdio e discriminação por ser do país que ele mesmo desmoralizou.
Abaixo a transcrição da minha resposta ao amigo portador da "síndrome de vira-lata".
Agora, não podemos atribuir ao povo uma culpa que não é dele! Se lá fora Alguém teve outras oportunidades que o Brasil não teve, que o povo brasileiro não teve, não vamos inferiorizar o povo brasileiro diante deles, vamos buscar formas, maneiras de que o povo brasileiro alcance a evolução que eles lá alcançaram, agora ficar no Brasil, sendo filho do Brasil, comendo no Brasil, vivendo no Brasil, trabalhando no Brasil, falando mal do Brasil, elogiando o povo estrangeiro e colocando-os acima dos brasileiros, então é melhor que você saia do Brasil e vá viver lá, porque assim você não tem que viver com esses “insuportáveis” brasileiros, fazer parte dessa realidade brasileira, não tem que ser mais um “insuportável” brasileiro, que vive dessa realidade insuportável brasileira Ignorante, ínfima, mesquinha, ridícula no seu ponto de vista, pobre... então é melhor que você saia do Brasil para viver com eles lá. Ficar no Brasil superiorizando estrangeiros em detrimento dos brasileiros é inconcebível! No meu ponto de vista, é inconcebível e eu não gosto disso, lhe sou muito franca.
Vou dizer para você: ah, está tudo certo no Brasil, "está tudo bem no Brasil, não tem nada que mudar, está tudo ok," não! Eu mesma sou crítica quanto ao que acontece por aqui, eu critico o que acontece por aqui, agora uma coisa é eu criticar entre nós aqui, outra coisa é eu menosprezar brasileiros diante dos estrangeiros, nada a ver, porque os estrangeiros nas suas mazelas, nas suas dificuldades não se inferiorizam diante de nada que nós possamos fazer aqui. Lá, eles são sempre eles, lá a coisa está se destruindo, está pegando fogo, mas eles estão falando bem para nós, eles não falam mal do que é deles e estão certos! É assim que uma família age, a família precisa proteger sua casa, proteger os seus, aquilo que é seu. Essa coisa de brasileiro ficar falando mal da gente aqui para estrangeiro e superiorizando os de fora, isso se chama "síndrome de vira-lata", como bem disse Nelson Rodrigues e reproduzido sempre por Lula, complexo de vira-lata, e eu estou fora disso, não faço parte disso, por sinal, odeio e detesto esse tipo de comportamento, "síndrome de vira-lata" é coisa pequena e mesquinha demais no meu conceito e eu estou fora disso aí, não faço parte disso!
Vamos ficar atentos e não contrair essa "síndrome", ela é contagiosa e não faz bem a nossa nacionalidade. Que cada um de nós procuremos enaltecer o nosso amado Brasil, país maravilhoso, que tem seus valores e suas belezas e que pena, que muitos não conhecem e nem sabem da sua força, pois se assim soubessem, talvez a nossa realidade fosse outra completamente diferente. Não diminuindo o nosso país diante de outros, que cooperemos para o seu desenvolvimento. Que bom se todos usassem a força crítica destrutiva da língua, no cérebro e nas mãos para construir.
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