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Por Fátima Miranda VO - em 25/04/2017
Em
um movimento legítimo e pacífico em Brasília, que agrega mais de três mil
indígenas de todos os povos do Brasil, dentre eles crianças, idosos e povos que
jamais tiveram acesso a mobilizações envolvendo homens brancos, marcharam
pacificamente até o Congresso Nacional, onde foram recebidos com bombas de gás
lacrimogêneo pela polícia legislativa. Uma violência sem igual e gratuita
contra os originários, primeiros habitantes deste país.
O
ato pede o fim do genocídio indígena e o respeito à Constituição Federal e aos
direitos dos povos originários. Tudo se tornou um pesadelo com a ação
desnecessária e repressiva da polícia legislativa junto com cerca de 60
policiais do Choque que atacaram os manifestantes com bombas, gás lacrimogêneo
e tiros de bala de borracha. Uma praça de guerra montada para receber aqueles
cujo único desejo é ter os seus direitos respeitados.
Os
índios estavam realizando uma marcha linda, um movimento repleto de suas
tradições, até que em um ato simbólico, espalharam alguns caixões representando
os seus mortos na guerra por disputas da terra e clamando pelo fim do genocídio
de seu povo. Foi nesse momento, que de forma brutal, desmedida, foram atacados
pela polícia, tendo assim, seu direito legítimo de manifestação reprimido e
desrespeitado.
Veja momento onde Indígenas são atacados pela PM no gramado do Congresso Nacional na chegada da manifestação pacifica em Brasília. Imagens - MÍDIA NINJA
Veja momento onde Indígenas são atacados pela PM no gramado do Congresso Nacional na chegada da manifestação pacifica em Brasília. Imagens - MÍDIA NINJA
Alguns
deputados PTistas, em posse do microfone apelaram pelo bom senso da polícia,
pedindo que cessassem a violência; não foram atendidos, ao contrário, de forma
totalmente arbitrária e truculenta continuaram o show de violência atirando e
jogando bombas contra os participantes do movimento, atingindo até um
parlamentar.
Há
informações de que 04 (quatro) indígenas continuam detidos dentro do Congresso,
e em um acordo com o comandante da polícia, para que se mantivessem na faixa
estabelecida pela polícia, líder indígena avisou que não deixariam o gramado
enquanto seus parentes detidos não fossem liberados. A mobilização seguiu no
gramado do congresso, enquanto que as mulheres fazem vigília.
O
comandante se comprometeu a cessar a violência e não mais atirar bombas e balas
de borracha contra os manifestantes.
Não
é de hoje que essa polícia despreparada e prepotente age dessa forma contra
manifestantes, a violência jamais poderá ser o caminho do “diálogo” entre
aqueles que lutam bravamente pelos seus direitos e aqueles que usam da sua
força para reprimi-los.
Aos
povos indígenas, todo o nosso respeito e solidariedade. Esses têm lutado de
forma exemplar na defesa de seus direitos, principalmente por uma vida digna em
seu habitat natural, não obstante a discriminação e políticas contrárias à lei
que legitima seus direitos, de forma aguerrida e valorosa, não fogem à luta.
Brava gente brasileira!
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