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Delegado mentiu em inquérito para questionar postura de jovem abusada por Feliciano





Em inquérito, o delegado Luís Hellmeister, do 3ºDP de SP, afirmou que Patrícia sofre de ‘mitomania’, ou seja, seria uma pessoa que mente de forma compulsiva. Porém, laudo psicológico feito pelo IML contradiz versão apresentada pela polícia em São Paulo.



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Mais um episódio no ‘caso Feliciano’ abala as versões apresentadas pelos protagonistas. Desta vez, é a postura do delegado que ficou responsável sobre o suposto sequestro sofrido por Patrícia Lélis que começa a ser questionada.

Foi no 3ºDP de São Paulo que a jornalista foi com sua mãe denunciar o possível sequestro sofrido nas mãos do assessor do deputado Marco Feliciano (PSC), Talma Bauer. No mesmo dia, ele havia sido preso. Pouco depois, foi solto.

Desde então, o caso ficou repleto de reviravoltas, que deixaram a versão da jovem cada vez mais duvidosa.

O delegado Luís Hellmeister apresentou um inquérito acusando Patrícia de extorsão e falsa comunicação de crime contra Bauer. Para justificar as atitudes da jovem, utilizou como base um laudo apontando que Patrícia sofria de ‘mitomania’, além de ser uma pessoa que tende a mentir de forma compulsiva.

Mas na realidade, segundo apontado pela Coluna da Esplanada, do UOL, outro laudo feito no ano passado pelo IML desmente a versão apresentada pela Polícia Civil em São Paulo.

Esse laudo, feito por duas psicólogas do IML de Brasília, aponta “potencial intelectivo mediano” à classe a que pertence, mas também “indícios de imaturidade, isolamento emocional, dificuldades nos contatos sociais, vivências nocivas/traumáticas e sensibilidade depressiva”. Em nenhum momento as psicólogas relataram que Patrícia sofria de mitomania.

Esse documento foi assinado pelas psicólogas e entregue para as autoridades policiais em Brasília, que pediu acesso aos documentos.

Veja abaixo:




Através desse laudo de 2015, a advogada da jornalista, Rebeca Aguiar, vai solicitar ao Ministério Público de São Paulo a anulação do inquérito no 3ºDP, alegando que por ter citado o deputado federal Marco Feliciano como um dos envolvidos no caso, o inquérito deveria ter sido remetido imediatamente para o Supremo Tribunal Federal, órgão competente para analisar o caso, pelo fato de Feliciano ter foro privilegiado.

Porém, existem alguns pontos que devem ser lembrados.

A figura de Talma Bauer é bastante polêmica. Ex-policial, ele só foi preso quando Patrícia foi ao 3ºDP por causa da pressão por parte dos meios de comunicação, que estavam com a jovem no momento da denuncia. Fontes afirmam que a intenção do delegado Hellmeister não era de prender Bauer — por “medo” e “respeito”.

Outro ponto central é a falta de debate em torno de Bauer ter dado dinheiro para calar a jovem — sendo de forma forçada ou não. Ou seja: por que Bauer daria R$50 mil para Patrícia, se não fosse para esconder algo relacionado ao deputado? Um vídeo recentemente mostrou Patrícia conversando com Feliciano no telefone, ao lado de Bauer, que recebeu a ligação. Na conversa, o deputado teria induzido Patrícia a aceitar o acordo.

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